A Philarmonie de Paris preparou uma exibição que deixará os fãs de The Velvet Underground ao redor do mundo ansiosos para fazerem uma viagem à capital francesa. Em comemoração ao 50º aniversário do lendário Banana Album, a mostra dá uma boa ideia do legado desta banda que, apesar de sua carreira meteórica apenas de 1965 a 1970, marcou um ponto crucial na história da música.

Intitulada The Velvet Underground – New York Extravaganza, a mostra começa com um panorama geral dos EUA no começo dos anos 1960, mostrando aos visitantes como movimentos artísticos um tanto quanto undergrounds evoluíram e atingiram o mainstream. Este foi o cenário para o encontro entre Lou Reed, John Cale, Sterling Morrison e Moe Tucker, resultando em uma colaboração extremamente produtiva, porém rápida.

Em dezembro de 1965, Andy Warhol decidiu investir seu tempo no grupo de punks e introduziu a bela cantora Nico, a quem o artista transformou na cantora principal. Dialogando com várias formas de arte, eles conseguiram montar shows grandiosos e futuristas, em uma fusão de música, projeções, luzes e dança. Muito a frente do seu tempo, a banda foi um fracasso comercial. Depois do lançamento de um segundo álbum, brigas devido a um estilo de vida cheio de excessos e egos inflados levaram ao fim do grupo em 1968. A banda se reuniu para dois últimos álbuns, marcando o início da carreira solo de Lou Reed. Foi apenas após o fim do The Velvet Underground que a banda conquistou uma fama única na história do rock, influenciando inúmeras gerações de músicos como Iggy Pop, David Bowie e Kurt Cobain.

Para fazer jus à importância da banda e suas influências, os curadores da exibição prepararam um espaço multimídia que pretende cobrir os vários aspectos do grupo norte-americano. A parte audiovisual conta com trabalhos inéditos, já que seis curtas foram produzidos especialmente para a mostra. Há também uma enorme projeção da cidade de Nova York nos anos 1960; filmes de arte de nomes como Andy Warhol e Gerard Malanga; e arquivos de televisão da época retratando a banda.

Centenas de imagens contribuem para o espaço fotográfico da mostra, com fotos raras tiradas durante a meteórica carreira da banda, emprestadas de colecionadores, assim como vários retratos dos próprios músicos e dos nomes que pertenciam ao movimento artístico de Nova York na época. Os visitantes também podem conferir o trabalho de artistas contemporâneos influenciados pelo The Velvet Underground, como Antoine D’Agata, Jean-Luc Verna e John Giorno.  Um espaço para shows ao vivo completam a exibição, já que uma mostra sobre o The Velvet Underground não estaria completa sem música.

The Velvet Underground – New York Extravaganza fica em exibição na Philarmonie de Paris, na capital francesa, até o dia 21 de agosto.